Vida Cristã

LADRÕES DE ALEGRIA


(Filipenses 4:4)



(Filipenses 4:4) - Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos.


Em outras traduções lemos “regozijai-vos”, o que significa exatamente o mesmo que “alegrai-vos”.

Subsídio:


O apóstolo Paulo tinha muito carinho pela igreja de Filipos. Foi a primeira igreja cristã estabelecida na Europa; uma cidade não muito grande, porém de estratégica importância para o Império Romano.


Esta é a carta mais pessoal do apóstolo Paulo a uma igreja, por quem revela grande amor e gratidão pelas diversas vezes em que os filipenses ajudaram o seu ministério, oferecendo-lhe conforto, cuidados e recursos.
A carta aos filipenses é uma das “Cartas da Prisão”, escrita quando o apóstolo estava preso em Roma.
A simples leitura deste versículo provoca, inevitavelmente, algumas perguntas relacionadas à alegria.

É possível alguém ser feliz neste mundo com tantas tragédias, fome, guerras, violência, assaltos, arrombamentos, estupros, seqüestro, delinqüência, mais de 20 milhões de crianças abandonadas, cerca de 4 milhões de abortos por ano, doenças como a AIDS, acidentes e mortes?

Você acredita que a alegria mencionada pelo apóstolo Paulo é, de fato possível, neste mundo e nos dias de hoje?
Veja como este versículo é construído pelo apóstolo:

1) “ALEGRAI-VOS” – É uma ordem, um imperativo de Deus.


3) “SEMPRE” – Todo tempo, a qualquer hora e em qualquer circunstância.


4) “NO SENHOR” – Independe do espaço físico e da situação.

Quando o cristão não está alegre é porque algo ou alguém lhe roubou a alegria plena dada pelo Pai.


A salvação em Cristo é o motivo maior da nossa alegria.
(Lucas 10:20) - Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.
Mas quem são os ladrões que o inimigo usa para roubar a nossa alegria?

1) O PRIMEIRO LADRÃO: CIRCUNSTÂNCIAS.

• Um acidente - Uma enfermidade - Um divórcio - Reprovação no vestibular - Uma falência - Desemprego
Quantas são as circunstâncias da vida que nos roubam a alegria?
A vida e o ministério do apóstolo Paulo são marcados por adversidades, ele tinha inúmeros motivos para ser infeliz, mas alegrava-se até quando estava acorrentado em prisões.

(Atos 16:25) - E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.

• Quantos outros exemplos de circunstâncias negativas podem ser observadas na Bíblia: Jó, David, Abraão, Daniel.
Mas a ordem de Deus permanece sempre: Alegrai-vos, sejam felizes
• Deus nos torna capazes de vencer rapidamente as circunstâncias tristes.
(Salmos 30:5) - Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

2) O SEGUNDO LADRÃO: AS PESSOAS

As pessoas que nos rodeiam (sejam amigos ou não) podem nos roubar a alegria através de:

• Traições – Maledicências – Críticas - Agressões físicas ou psicológicas – Desrespeito – Inveja - Desprezo

Infelizmente, a maioria das pessoas agem como ladrão de alegria.

A moça corta o cabelo, a pessoa diz: " - Vixe! Ficou parecendo homem!"

Uma irmã chega perto de um grupinho e diz: "Estou fazendo regime. Já emagreci uns dois quilos!"


Aí alguém diz: "Não parece, parece até que você está mais gorda ainda."

Não é isso que Deus quer que façamos.


Vamos enfatizar as características positivas das pessoas.


Vamos encorajar aqueles que estão perto de nós.

Sejamos como Jesus, não como Satanás.

Se alguém nos mostrar algo, e não pudermos elogiar, fiquemos calados.

Não roube a alegria dos outros.

Deus nos chama para sermos semeadores de alegria.

Deus sabe disso tudo, sabe dos conflitos que enfrentamos por causa das ações das pessoas.


Para este “ladrão de alegria” o remédio mais eficaz é o perdão.
Jesus, na cruz, proferiu SETE frases, e a primeira delas foi uma palavra de perdão:
(Lucas 23:34) “... Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”

3) O TERCEIRO LADRÃO: AS COISAS
É comum ouvir pessoas expressarem: - Estou tão triste! Hoje me aconteceu uma COISA.

A alegria deste mudo está muito dependente de COISAS e não de conceitos.


Isso é reflexo direto do consumismo desenfreado, a constante busca por coisas que não fazem muito sentido, por aquilo que perece.


Isso se tornou o centro da vida do homem moderno. Tremendo engano satânico.

Quando Paulo diz “alegrai-vos NO SENHOR” ele quebra este paradigma e indica que o caminho da verdadeira alegria é o contato pleno com Deus.

A sociedade materialista sujeita às mudanças bruscas da economia, não pode garantir alegria a partir da conquista das coisas. O caminho da verdadeira alegria:

As COISAS que Deus nos dá, nos traz a verdadeira alegria, buscar a Deus em primeiro lugar nos garante que COISAS BOAS nos serão acrescentadas.

(Mateus 6:33) - Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

4) O QUARTO LADRÃO: A ANSIEDADE

Esse é o mal do século.

Os divãs dos analistas estão lotados.


Os psicanalistas estão com a agenda cheia.


Existem muitas pessoas roendo as unhas, com os nervos à flor da pele.


Gente estressada, com a alegria consumida pela expectativa da derrota.

Há ainda os que têm a sua alegria consumida pelo passado, pela tempestade que passou, mas parece ter deixado feridas que não cicatrizam nunca e que geram uma ansiedade que parece não ter solução.
Tem pessoas que ficam ansiosas por nada.
Ilustração:
"A preocupação é como a cadeira de balanço: mantém você ocupado, porém, não o leva a lugar algum".

Conta-se que um doente de um hospital psiquiátrico permanecia com o ouvido encostado na parede.


Um dia, a enfermeira perguntou-lhe: - que você está fazendo aí?

Silêncio! Cochichou o doente, acenando para que a enfermeira também encostasse o ouvido na parede.


A enfermeira concordou e permaneceu ali durante uns minutos, prestando atenção:

Não estou ouvindo nada, ela disse.

Eu também não, replicou o doente com a testa franzida. É assim o dia inteiro!
As pessoas que se preocupam em demasia com cada detalhe de sua vida são como este paciente.


Umas se preocupam com o que poderia ter sido dito, outras com o que foi dito. Algumas se preocupam com o que poderia acontecer. Outras com o que não aconteceu, mas deveria ter acontecido.
Há ainda as que se preocupam o tempo todo com o futuro, e nem vivem o PRESENTE que Deus o deu.
Com quem será que vou me casar? Até que idade eu vou viver?
Deus não nos criou para termos uma vida que é um fardo, Ele quer que tenhamos vida abundante, tanto na mente, como no corpo e no espírito.
Assim como uma flor, fomos criados para florescer, e não para murchar na videira.



(Mateus 6:25) - Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

Por quê o consumismo materialista impõe em nós tanto desgaste e tanta ansiedade, a ponto de permitirmos que a nossa alegria seja roubada?


Isso não significa que não devemos ter a preocupação natural com o dia de amanhã, precisamos ter responsabilidade, trabalhar, economizar, organizar nossas vidas.






Mas devemos confiar em Deus na hora da tribulação.






O nosso egoísmo é que produz a infelicidade em nós.






CONCLUSÃO:






A Bíblia nos garante que NENHUM desses “LADRÕES” tem de fato, a capacidade de nos roubar a nossa alegria.






Se somos infelizes por essas causas sem muita importância, estamos nos esquecendo do fato maior, a presença de Deus em nossa vida.






Ao permitir que tais forças nos subtraiam a felicidade, pecamos contra uma ordem de Deus que diz:


“ALEGRAI-VOS!”.






Situações de desconforto são normais na vida de qualquer pessoa, em qualquer tempo e em qualquer cultura.


A alegria do cristão, fruto de seu íntimo relacionamento com Deus deve estar presente mesmo em momentos de que derramamos lágrimas.






Parece um paradoxo, mas o cristão, mesmo em circunstâncias infelizes, deve nutrir a felicidade íntima de ser filho e herdeiro de Deus.






Ele está no comando, e tudo o quê Deus faz é bom.






Veja alguns versículos que são mais respaldo ao que foi dito:






(Lucas 10:20) - Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.






A nossa alegria deve ser permanente, nosso nome está escrito nos céus, no Livro da Vida.






(Romanos 12:12) - Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;






Se você tem esperança, alegre-se, se está passando por tribulação, seja paciente, como se comportar? Ore com perseverança.






(João 10:10) - O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.






Não permita que as circunstâncias, as pessoas, as coisas ou a ansiedade roubem a alegria que Cristo te proporciona.






(Provérbios 15:15) - Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo.







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Felicidade Cristã




Mateus 5.1-12 - Interesse de Comunhão






Multidões buscam a felicidade, buscam alucinadamente, mas serão felizes


somente aquelas pessoas que seguirem aos conselhos e exemplos do SENHOR


Jesus.






Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse,


aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo:


Bem-aventurados os...






Ao discursar sobre as qualidades que conduzem o ser humano às bênçãos


da felicidade, na verdade, Jesus falava de seu próprio caráter e de sua


missão.










A felicidade é exigente, exige qualidades!










01. Ser humilde de espírito - v.3






É a pessoa ciente de que precisa crescer espiritualmente, é o oposto de


orgulho espiritual. Não podemos confundir humildade com simplicidade.






Trata-se de uma atitude mental, que é o reconhecimento da grandeza de


Deus e a necessidade do crescimento espiritual, tendo a perfeição Deus


Pai e de Jesus como nosso modelo. Disse Jesus: Portanto, sede vós


perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste - Mateus 5.48.






Quem alcança a perfeição da humildade espiritual, alcança a felicidade


de apropriar-se do Reino dos céus, ou seja, recebe a alegria da vida


eterna com o Pai.


















02. Sentir profunda tristeza quando peca - chorar - v.4






Chorar é a mesma palavra usada para lamentar a morte de uma pessoa


amada, mas está ligada à humildade de espírito, pois, somente os


humildes de espírito terão sensibilidade para arrependerem-se por


saberem que causaram tristeza ao Pai.






Felizes os que choram de arrependimento, carentes de santidade, buscando o crescimento espiritual, pois serão


consolados.










03. Ser manso - v.5






A mansidão é uma atitude mental, tendo consciência da pequenez humana diante da grandeza do Deus Criador e


Todo-Poderoso.






Disse Jesus: Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou


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manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma -


Mateus 11.29.






O jugo era um equipamento de madeira colocado no pescoço do escravo


para poder carregar pesos, agora o jugo é espiritual e não é


obrigatório, só aceita quem quiser ser feliz aqui na Terra e na


Eternidade.










04. Ter fome e sede de justiça - v.6






O ser humano é insaciável por justiça, pois multidões são injustiçadas


desde o ventre materno, e nesta busca de justiça muitos têm se perdido


e até cometido atrocidades.






O erro da humanidade está em buscar a justiça somente por mãos de


homens e não pela Mão de Deus, por isso é que está perecendo na


imensidão das injustiças.






Muitas e muitas pessoas estão fisicamente fartas, com estômagos cheios, mas espiritualmente estão morrendo de fome.






É urgente retomar o caminho da Justiça de Deus!






Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas - Mateus 6.33.






A felicidade da fartura, ficar cheio da justiça, só acontecerá se o


Crente buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua Justiça.










05. Ser misericordioso - v.7






É a sensibilidade em sentir a miséria humana, com um profundo desejo de


aliviá-la. Ser misericordioso é prestar algum tipo de serviço para


suprir alguma espécie de miséria humana.






Quem exerce misericórdia para com os miseráveis, alcança a felicidade de receber a misericórdia de Deus Pai.






Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verdejante, na Casa de Deus;


confio na misericórdia de Deus para todo o sempre - Salmos 52.8.










06. Ter coração limpo - v.8






Ter coração limpo é um estado mental, uma atitude espiritual, de não se


deixar contaminar pelas imposições do mundo, mantendo-se exclusivamente


nas Verdades da Palavra de Deus.






Quem tem o coração limpo é verdadeiramente bem-aventurado, pois, verá o SENHOR face a face.






Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face


a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou


conhecido - 1ª Corintios 13.12.










07. Ser pacificador - v.9






Ser pacificador é o ato de promover a paz entre pessoas em conflito.






Jesus é o Príncipe da Paz (Isaías 9.6) e o Apóstolo Paulo diz que somos


embaixadores de Cristo (2ª Coríntios 5.20), portanto se não formos


portadores e mensageiros da Paz de Cristo não estaremos qualificados


como filhos e filhas de Deus.






Você tem sido pacificador?














Você já tem a felicidade de ser um filho, uma filha de Deus?










08. Passar por sofrimentos - v.10-12






Tem surgido uma geração de "crentes" que vivem num eterno estado de


autocomiseração, tudo dói, tudo é difícil, tudo é sofrimento. Posso


afirmar que isto não é ser Crente, mas é fruto de uma mente doentia


associada a uma miséria espiritual.






conforme o exemplo dos nossos irmãos iniciadores da Doutrina


Apostólica, vemos que passar por sofrimentos é enfrentar todos os tipos


de adversidade sem perder a alegria da Salvação, pois, a verdadeira


felicidade está no Céu, o Galardão da vida eterna com Deus Pai.










CONCLUSÃO:










Jesus, como homem, foi muito feliz, pois, em meio às adversidades,


viveu consciente seguindo as exigências para alcançar a felicidade.






Se O ouvirem e O servirem, acabarão seus dias em felicidade e os seus anos em delícias - Jó 36.11.






As bem-aventuranças são promessas de Benefícios inerentes ao Reino do


Céu, pois, os filhos e filhas de Deus sabem o significado e perseveram


para alcançarem a felicidade destes benefícios.






















Fonte: ejesus Cristianismo Online






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Trechos do Livro “Águia ou Galinha?”, de Jorge Linhares








Várias vezes na Bíblia Deus associa sua maneira de agir conosco com a da águia. Em Isaías 40:30, ele compara à águia aqueles que nele esperam. E se assim o faz é porque certas características de águia devem fazer parte de nossa vida – são qualidade que ele deseja ver em nós.






“... remonta a águia e faz alto o seu ninho?


“Habita no penhasco onde faz a sua morada,


sobre o cume do penhasco, em lugar seguro”.


(Jó 39:27,28)






Uma equipe de ecologistas americanos propôs-se o desafio de estudar o comportamento das águias. Munidos de uma filmadora com lentes de longo alcance, de até 500 m, decidiram escalar as montanhas do Colorado. E acompanharam dali o processo de construção do ninho de uma águia, num daqueles picos gelados, bem na encosta, no ponto mais perigoso, inacessível. A camada externa era toda de espinhos; a segunda, gravetos sem espinhos, peles de animais e capim. O interior era todo revestido de penas. Depois de concluído tinha dois metros de profundidade e três de diâmetro.


Apesar da neve lá fora, o ninho era todo quentinho, aconchegante, e totalmente protegido do vento. Os penhascos são o lugar preferido das águias. Constroem lá seu ninho, e o conservam por toda a vida. Se ele cai ou sofre depredação, faz outro no mesmo lugar. De hábitos sedentários, possuem morada própria, fixa, e não admitem intrusos no ninho.


Notáveis pelo seu tamanho e vigor, são as aves mais fortes que existem. Devido à sua imponência, ferocidade, valentia, nobreza, figuram nos emblemas e escudos das nações desde os tempos da antiga Babilônia.


Os olhos muito grandes e frontais as diferem das demais aves, e lhe proporcionam uma visão ampla, panorâmica, que lhe permite lá em cima espreitar a presa aqui em baixo. Dificilmente uma presa escapa às suas fortes garras.


Todos os animais que têm olhos frontais são caçadores. A águia é uma caçadora. Prefere alimentar-se de animais vivos – pequenos mamíferos, aves, cobras, peixes, insetos. Não come nada em estado de decomposição. Tampouco bebe água suja.


Suas possantes asas lhe permitem um vôo impetuoso, porém seguro e bem direcionado.


É monógama. Só aceita um único macho durante toda a vida. Não se “prostitui”.


É livre. Vive em liberdade e não aceita cativeiro. Se presa, não come, nem bebe.


Enfrenta a fúria das tempestades; dos ventos retira a força necessária para alçar vôo aos picos mais elevados. É corajosa e destemida. Essa é uma característica própria da águia – ela não se intimida diante de uma tempestade. Quanto mais forte o vendaval, mais alto ela sobe.


Quando vê o prenúncio de um vendaval, sai logo do ninho, abre as asas, estufa o peito, e aproveita a fúria dos ventos para alçar vôos mais altos. Aproveita os redemoinhos, as intempéries, porque gosta de estar acima das nuvens.


À medida que os filhotes vão crescendo ela vai retirando primeiro as penas, depois o capim, para que os espinhos criem certo desconforto, e eles alcem vôo.


De período em período a águia renova sua plumagem. Quando as penas estão por cair, a águia empreende um vôo veloz e mergulha nas águas de um rio para, com o choque, desprender as penas velhas. Aí então levanta vôo com a força do novo plumacho. É assim que ela rejuvenesce (Sl 103:5).






Deus nos chamou para sermos águia. Para olharmos de cima. Para alçarmos vôo face às circunstâncias adversas. Para vivermos nas alturas sem nos cansar, sem nos fatigar. O alvo da águia é ganhar altura. Façamos como Davi: “Os meus olhos se elevam continuamente ao Senhor...” (Sl 25:15). “Pois em ti, Senhor Deus, estão fitos os meus olhos...” (Sl 141:8). Ser uma águia depende da visão que se tem de Jesus. Quem tem uma visão pequena/limitada do Rei dos reis jamais será uma águia.






Nossas forças também podem se renovar. Basta que mergulhemos no rio de Deus, no rio da vida. Deus quer que sejamos águia. Jesus quer que voemos na tempestade. Quer que sejamos caçadores. Que enfrentemos o vento, e, quando vier a luta, subamos mais alto ainda. Quando Jesus perguntou ao cego: Que queres que eu te faça?”


Ao que o cego respondeu: “Mestre, que eu torne a ver”. Se desejamos ter nossa visão de Jesus totalmente mudada, ou restaurada, precisamos fazer a oração do cego: “Que eu veja, Senhor”. Que eu te veja como tu és.


Queremos voar com asas como águia? Onde estamos? No alto do rochedo como a águia ou com os pés bem plantados no chão, nos limites de nosso pequeno “quintal”? Apreciamos uma forte tempestade e aproveitamos sua força para subir, ou preferimos catar grãos de uma bênção aqui, outra ali?


Busquemos renovar a visão que temos de Jesus!!! Ele quer abrir-nos os olhos e transformar- nos em águias, para alçarmos vôo com ele. Ele nos deu visão frontal para o contemplarmos em toda sua plenitude. Rejeitemos toda tentativa humana e maligna de condicionar nossa visão às limitações de um quintal. Desfaçamos toda a obra das trevas que tem tentado manter nossos olhos no chão, voltados para as circunstâncias.






Águia ou galinha?






Em Estórias de Bichos, Rubem Alves fala de uma águia que, criada num galinheiro, foi crescendo ali, convencida de que era galinha. Bem diferente das outras – grandalhona, olhos frontais, bico adunco e grande demais, asas enormes –, tentava a todo custo imitar o que as galinhas faziam.


Até que um dia um alpinista, passando por ali, surpreso perguntou-lhe: - Que é que você, águia, está fazendo no meio das galinhas?... - Não me goza. Águia é a vovozinha. Sou galinha de corpo e alma, embora não pareça.


Percebendo que argumentar seria pura perda de tempo, colocou-a num saco e seguiu seu caminho até as montanhas. Lá bem no alto, sacudiu o saco e deixou-a cair, Não tendo em que se agarrar, debateu-se apavorada, até que a águia, “há muito tempo adormecida e esquecida” dentro dela, “acordou se apossou das asas e de repente voou...”


Essa estória, embora muito interessante, não passa de lenda. Uma águia jamais se sujeita a levar a vida medíocre de uma galinha, e muito menos se deixar prender num galinheiro.


Tudo que uma águia tem em comum com uma galinha são asas, bicos, pés, garras, e penas. Pertencem ambas à espécie das aves. E as semelhanças param por aí. As diferenças, sim, é que nos interessam, pois, no que diz respeito à natureza de ambas, nada têm em comum.


A galinha, temerosa, foge ao primeiro sinal de perigo. A águia, intrépida, enfrenta o perigo; não se deixa vencer. “... Deus não tem nos dado espírito de covardia, mas de poder...” (2Tm 1:7). Deus quer nos libertar do espírito temeroso, próprio da galinha, e nos dar a intrepidez e a coragem da águia.


A galinha se sujeita a ficar presa; se acomoda ao cativeiro. Com um simples barbante se prende uma galinha ao pé de uma mesa. A águia, não. Ela não aceita o cativeiro. Ela tenta romper o laço; se não o consegue, tenta cortar o pé da mesa; e se ainda assim não se liberta, debate-se até cortar os pés. Voa sem pés, mas se nega a perder a liberdade. Ninguém jamais viu uma águia numa gaiola, nem mesmo num zoológico.


Não nascemos de novo para viver confinados no terreiro de uma vida medíocre. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou... não vos submetais de novo a jugo de escravidão”. (Gl 5:1).


Águia e galinha têm asas. Mas galinha doméstica não voa. O vôo mais alto que empreende é para pular uma cerca. Se a soltamos de um telhado, por mais que se esforce, acaba no chão. Aliás, suas asas só lhe servem para suavizar a descida. Só sabe viver no rasteiro, ao nível do chão. A águia não. Suas asas a levam acima das nuvens; levam-na ao seu habitat natural – as alturas.


Deus nos fez para alçar vôo. Ele não deseja que seus filhos vivam rastejando. “... os que


esperam no Senhor... sobem com asas como águias...” (Is 40:31). Sobem como (... a águia que voa pelos céus” (Pv 23:5).


Quando uma tempestade ameaça cair, a galinha corre para um abrigo. A águia, ao contrário, adora um vendaval, porque quanto mais forte o vento, mais alto ela voa. Vale-se das intempéries para desenvolver suas asas, vigorá-las ainda mais poderosas. “Seu vôo é impetuoso”. (Dt 28:49).


E para nós, uma “tempestade” é uma ameaça ou um desafio? Diante da adversidade escondemo- nos e deixamos escapar a oportunidade de “subir” espiritualmente?


O mundo da galinha se resume a poeira, lama, sujeira. O da águia não tem limites. O seu limite é o céu.


No seu cântico, Ana declara: “O Senhor... levanta o pobre do pó, e desde o monturo exauta o necessitado...” (Sl 40:2). “Ele ergue do pó o desvalido, e do monturo, o necessitado” (Sl 113:7).


O projeto de deus para nós começa exatamente aqui: tira-nos da lama, do monturo, e firma nossos pés na Rocha que é Jesus. Mas não pára aí. Descortina diante de nós um mundo de possibilidades para que possamos crescer e voar.


A águia é fiel por natureza. Só aceita um único macho durante toda a vida. A fidelidade é traço característico das águias de Deus, porque “Deus é fidelidade...” (Dt 32:4). A galinha se sujeita a compor o “harém” de um galo.


Quando me deparo com um jovem que se gaba de ser conquistador, ou uma moça que cada dia está com um namorado, sou obrigado a concluir que de “águia” os dois não têm nada. Ambos são candidatos a viver nas limitações de um “quintal” espiritual, a menos que se proponham a ser uma águia de Deus, rompendo com a sujeira em que estão metidos.


Galinha é domesticável. Águia não. Ninguém jamais conseguiu condicionar uma águia aos limites de um terreiro e fazê-la acomodar-se a uma vida ao nível do chão. É selvagem por natureza.


Deus quer nos tirar das limitações do “quintal” da derrota e da mediocridade e nos transportar para os penhascos da vitória.


Galinha se reproduz até em chocadeira, de forma artificial. Águia, só segundo os ditames da natureza. Por isso é tão peculiar. Não se reproduz em série. Existe um sem número de espécies de galinha. A águia é espécie rara.


O destino da galinha, coitada, é a panela ou o espeto. Águia, ao contrário, não é alimento. É devoradora. Está ainda por existir quem saboreie um espetinho de asa de águia. Galinha é caça. Águia é caçadora. Os israelenses eram proibidos de comê-la (Dt 14:12).


Galinha tem olhos laterais. A águia, não. Seus olhos são frontais. Galinha só enxerga de dia. Quando o sol se põe, vai para o galinheiro ou poleiro, condenada a virar canja de raposa, cachorro ou gambá. A águia enxerga tanto de dia como de noite.


Águia é vigorosa; galinha, frágil. Facilmente se hipnotiza uma galinha; basta que alinhemos alguns grãos de milho, numa extensão de uns três metros. Ela não consegue pegar sequer um. Fica totalmente desnorteada, estática, tonta.


Muitos de nos se deixam hipnotizar por satanás, porque têm visão lateral. Não fixam ambos os olhos em Jesus. Por isso deixam de ser caçadores e se tornam caça.


Galinha é medrosa. Águia é destemida, corajosa. Quando adoece, a galinha fica de asas caídas, jururu, dependente de socorro. Ninguém jamais viu uma águia doente. Quando debilitada, reúne todas as forças que tem para se refugiar no alto. Não fica por aí à espera de piedade. Autocomiseração não combina com a águia.


Galinha morre cabisbaixa. A águia, quando pressente a proximidade da morte, empreende o último vôo, solitário, e sobe o mais alto que suas forças lhe permitem, para morrer voando. E cai no deserto, em alto mar ou plena selva.


Galinha se alimenta de milho e restos. A águia, do alto, seleciona a presa. E desce como uma flecha sobre ela. Aquela aprecia minhocas, insetos mortos, fezes, escarros. Esta não toca nada podre ou em decomposição.


“Habita no penhasco... Dali descobre a presa; seus olhos a avistam de longe” (Jó 30:28- 29).


“... Voam como águia que se precipita a devorar” (Hc 1:8)


Deus tem, igualmente, o melhor para aqueles que se negarem a ter a visão limitada de uma galinha. Sua promessa é que, se quisermos, e lhe dermos ouvidos, comeremos o melhor desta terra (Is 1:19).


Mas, infelizmente, há cristãos que só se alimentam de restos. Só comem sobras dos outros, porque não buscam alimentar-se direto da mão de Deus. Fomos certa vez a uma fazenda, e logo que nos aproximamos de casa vimos ali muitas galinhas, frangos e pintinhos soltos pelo quintal. Lá dentro, num dos quartos, um homem tossia; aquela tosse seca, angustiante, como se fosse engasgar ou seu pulmão sair pela boca. Conservávamos animados ali no terreiro, quando o homem chegou à janela, tossiu, raspou a garganta e deu aquela cusparada no chão. E foi aquela correria. As galinhas se atropelando, bicando umas às outras, para disputar o escarro do velho. Que cena nauseante.


Demos um jeito de sair logo dali e fomos conhecer as demais dependências da fazenda. Mas o pior estava ainda por acontecer. À hora do almoço, sentamo-nos à mesa, e a dona da casa, toda satisfeita disse: - Olha, preparei umas galinhas caipiras que peguei lá no terreiro especialmente pra vocês. Nunca vi uma galinha dançar tanto no prato, pra lá e pra cá. “Deus”, pensei comigo, “que coisa mais degradante é ser galinha. Nem espiritualmente gostaria de ser comparado a uma ave dessas”.


Deus nos fez águia. Será que nos deixamos confinar num terreiro, e estamos assimilando o “espírito galináceo”?


O mundo tenta nos seduzir com seus grãozinhos, suas minhoquinhas, seu lixo, para nos manter presos ao chão, à lama. E muitos de nós têm-se alimentado do seu lixo. É só olhar o que andam lendo e vendo na tv. Mas quem tem a natureza da águia levanta vôo e lá “dos lugares celestiais” escolhe com critério com que se alimentar, porque prefere o cardápio farto e selecionado da verdade de Deus.


Ao contrário da galinha, que faz seu ninho no chão ou numa moita qualquer, a águia constrói o seu lugar inacessível, na encosta de um rochedo, bem lá no topo, fora do alcance de qualquer predador.


“...remonta a águia e faz alto o seu ninho” (Jó 39:27).


“Se te remontares como a águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas...” (Ob 4).


Ninho de galinha é feito de pena e capim. Da águia também, mas sob o capim e as penas, retiradas do próprio peito, ela coloca uma camada de espinhos.


Nosso “ninho” também tem “espinhos”. Deus os coloca ali para nos incomodar e forçar-nos a voar.


O apóstolo Paulo, por três vezes, pediu a Deus que o livrasse de um espinho, e recebeu a seguinte resposta: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9).


E quem era Paulo? Homem cujos lenços e aventais, postos sobre enfermos e pessoas possessas, os curavam e libertavam (At 19:12).


O nosso ninho tem que ter espinhos, para que não nos acomodemos, para que levantemos colocados ali pelo Senhor, que nos impulsionam para o monte da oração, do jejum, do quebrantamento.


É hora, portanto, de sairmos do ninho e aprendermos a voar – com Deus!






















































Nossa vida se assemelha mais à de uma águia ou à de uma galinha? Com qual nos identificamos melhor?










GALINHA


• Não voam.


• É caça/ alimento.


• Olhos laterais.


• Come restos.


• Domesticável.


• Medrosa


• Se sujeita a ficar


presa


• Faz seu ninho ao


nível do chão.


• Várias espécies.


• Só enxerga


durante o dia.


• Ninho: pena e


capim.


• Aceita mais de


um galo.


• Morre cabisbaixa.














ÁGUIA


• Voam alto, muito


alto.


• É caçadora/ devoradora.


• Olhos frontais.


• Não se alimenta de


nada em decomposição.


• Selvagem.


• Corajosa.


• Não aceita ficar


presa.


• Só aceita um


macho durante


toda a vida.


• Morre voando.


. Constrói seu ninho


nos penhascos.


Espécie rara.


Vê durante o dia e


durante a noite.


Ninho: pena, capim


e espinhos.


























Oração






Senhor,


Quero ser como uma águia,


quero voar acima das nuvens,


quero habitar nas alturas.


Meu desejo é ser como desejas que eu seja.


Livra-me a mente da mediocridade;


liberta- me da visão pequena e distorcida que tenho tido de ti até então.


Quero vê-lo como tu és; como o Jesus ressurreto, poderoso.


Renova a minha visão.


Abra-me os olhos para que eu possa


contemplar tua beleza e majestade.


Eu quero ser livre como uma verdadeira águia de Deus!


Amém!







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Gente,
Considero este texto fundamental para nossas vidas.

Abandonando a Maledicência


por Luciano P. Subirá
“Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” I Pedro 2:1,2
Este texto fala sobre o crescimento para a salvação, fala sobre o crescimento espiritual. E o apóstolo Pedro, usando uma figura, diz que quando nascemos de novo, somos semelhantes a uma criança recém nascida. E assim como essa criança precisa de alimento para se desenvolver, ele diz que nós também precisamos de crescimento. Só que, diferente da criança que precisa apenas do acréscimo do alimento, ele está aqui dizendo que nós não apenas precisamos desejar o alimento, mas também que algumas coisas na nossa vida precisam ser tiradas, alguns impedimentos que precisam ser removidos para que então busquemos o leite e cresçamos.

E Deus tem me guiado de uma maneira muito clara a reconhecer nestes dias que há um grande impedimento para o nosso crescimento. Há um grande impedimento para o crescimento da igreja de uma forma coletiva, que nos impede de provar mais a graça de Deus e esse impedimento precisa ser arrancado da nossa vida; ele precisa ser deixado de lado, ele precisa ser abandonado.

Embora o apóstolo Pedro fale sobre vários impedimentos, o tempo e a nossa necessidade nos leva tratar de um só deles: a maledicência. A palavra maledicência significa dizer mal ou falar mal. Como crentes em Jesus, somos advertidos a abandonar esta prática:
“Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar”. Colossenses 3:8
“Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens.” Tito 3:1-2

Os crentes daquela época não eram diferentes de nós; sabiam muito bem o que é esse problema, de você emitir opinião, fazer julgamentos, interpretar à sua maneira, ou levar à frente algo que alguém já te trouxe... Isto era um problema que eles também tinham, que eles também enfrentavam, e que a Bíblia nos exorta a tomar um posicionamento firme quanto a ele.

Eu quero falar sobre algumas coisas ligadas à maledicência e tentar te ajudar a ver com mais clareza o quanto Deus leva a sério este assunto.

UMA QUESTÃO DE CARÁTER


Em primeiro lugar, quero afirmar para você que do ponto de vista de Deus, deixar a maledicência é uma questão de caráter. Em I Timóteo 3:11, há uma lista ali onde o apóstolo Paulo cita alguns critérios que os líderes devem ter em suas vidas. Ele começa falando dos presbíteros e suas esposas, depois ele fala dos diáconos e das suas esposas. E entre estas muitas características, ali em I Timóteo 3:11, diz o seguinte: “da mesma sorte, as mulheres sejam sérias, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. Ele diz que elas não devem ser maldizentes. Ele estabelece isto como um traço de caráter, um requisito de Deus para que alguém seja estabelecido em uma posição de liderança.

Muitas vezes, o nosso posicionamento é de separar o que é um “pecadão” e o que é um “pecadinho”; e acabamos tolerando algumas coisas que não deveriam ser toleradas. E não estou falando só sobre falar mal de pessoas; muitas vezes falamos mal de uma circunstância, falamos mal de um momento, alguns chegam a falar mal de si mesmo.
Jesus me levou a um texto que mostra que esta questão de não ter na nossa vida a maledicência é algo que Deus olha como um traço de caráter que Ele não negocia. Veja o caso de José. Nós não temos muitas porções bíblicas sobre a pessoa de José, que se casou com Maria, e que foi o pai de Jesus, mas nós sabemos que Deus precisava escolher uma pessoa descente, honrada, que pudesse ser um exemplo e um espelho para o Senhor Jesus na sua criação. Se fosse alguém com o caráter deturpado, se fosse alguém cheio de desvios de comportamento, ele não seria um bom espelho para o Senhor Jesus (E mesmo ele não sendo o pai biológico, ele seria o espelho dentro de casa).

A Bíblia não fala muito sobre a pessoa dele, de suas virtudes, mas praticamente uma das únicas que é mencionada, foi uma das coisas que Deus usou mais fortemente para impactar meu coração nesse assunto.

Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. - Mateus 1:18-21

Quero que você pare e pense um pouco comigo. A Bíblia diz que quando José ouve a notícia de que Maria está grávida, eles eram noivos. A palavra desposado significa comprometido antes do casamento. Um estava comprometido ao outro; ele estava aguardando o casamento e como um homem de Deus, ele espera o casamento antes de se envolver com sua mulher. Mas, de repente, ele ouve a notícia: Maria está grávida! Sabe que não foi ele e, nunca se ouviu falar nem antes, nem depois, de alguém ter concebido do Espírito Santo... Então tente imaginar José cogitando, qual a probabilidade do que possa ter acontecido. Na mente dele era uma coisa só que se passava: Maria o tinha traído, o tinha rejeitado, tinha quebrado a aliança antes mesmo dela ser definitivamente estabelecida. É lógico que isto não aconteceu de fato, mas até que José recebesse um esclarecimento de Deus, foi o que pensou.

Se ele abrisse a boca dizendo que ela estava grávida, pela lei de Moisés ela poderia até ser apedrejada. José poderia ceder ao espírito vingativo, ao rancor, ao ciúme. Ele podia no mínimo ter defendido seu lado, mas a Bíblia diz que José era homem justo, e porque ele era justo, não queria difama-la, então ele intenta deixa-la secretamente. Em sua mente ele estava dizendo: acabou. Só que preferia sair de fininho, para não complicar a vida dela. Ela ainda estava pensando isso, quando o anjo do Senhor apareceu a ele explicando o que estava de fato acontecendo.

Agora responda com sinceridade: você acha que José tinha motivos para falar de Maria ou não? Na mente dele antes que ele soubesse o que aconteceu, era esta a interpretação. Ele poderia ter se achado no direito de falar. A maioria de nós não perderia uma chance dessas para acabar com a outra pessoa! Ele poderia no mínimo ter buscado o direito de se explicar, mas a Bíblia diz que havia nele um traço de caráter, que ao meu entender foi uma das coisas que levou Deus a escolhe-lo para exercer o papel que exerceu.

Imagino Deus vasculhando a terra atrás de um homem descente para ser exemplo ao seu Filho... e me pergunto: o que levou Deus a colocar seus olhos em José e dizer: “é de alguém assim que Eu preciso, alguém que tinha a oportunidade e a possibilidade de destruir a vida de alguém, mas decide fechar os seus lábios, e diz simplesmente que se recusa a difamar”.

Difamar (ou infamar) significa espalhar má fama, falar mal. Então, quando a Palavra de Deus está tocando em um assunto como este, eu acredito que nós precisamos considerar e dizer: “isso é uma coisa mais séria do que a gente normalmente acha que é”. O pecado da maledicência tem ferido muito a Igreja do Senhor, uma vez que Deus se move muito na unanimidade. O Novo Testamento mostra que quando havia unanimidade o Espírito Santo vinha com tudo, mas quando a maledicência, a fofoca, o mexerico e o diz-que-me-diz começam a correr solto no nosso meio, não há como se manter a unidade. E quando a unidade vai embora, vai-se com ela a grande possibilidade de estarmos debaixo de uma grande visitação de Deus.

Se nós queremos ver Deus agir, nós vamos precisar que Deus trabalhe esse traço de caráter na nossa vida. O Senhor Jesus também foi muito enfático no sermão do monte:

“Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam”. - Lucas 6:28

Bendizer significa falar bem. Esta foi a ordem do Senhor: fale bem dos que te maldizem, dos que falam mal de você. E ore pelos que te caluniam, pelos que estão inventando histórias sobre você. O Senhor Jesus nos advertiu a não jogar o mesmo jogo!

“Ah! mas fulano também está falando”, diriam muitos. Mas Jesus está dizendo para você não jogar o mesmo jogo! Se alguém falou mal de você, fale bem dele! “Ah! mas ele está me caluniando”... Então ore por ele!
A grande verdade é que quando Deus diz para não falar mal dos outros, Ele não está pensando nos outros, Ele está pensando em você. Porque falar mal de quem quer que seja, prejudica a você e não necessariamente a outra pessoa. Praticar a maledicência é acionar uma lei espiritual que vai te colocar em desvantagem, que vai te trazer prejuízo. Então, quando Ele diz, “não fale mal”, Ele não está tentando proteger a outra pessoa de quem você falaria, Ele está tentando proteger você. Esta é uma ordem e é um mandamento do Senhor Jesus, e Ele espera que nós sigamos aquilo que Ele mandou.
QUEM ESTÁ POR TRÁS
Talvez o grande problema da maledicência é quem está por trás dela. Nós falamos em primeiro lugar sobre traço de caráter, e agora eu quero mostrar o que está por trás dela. Quando o apóstolo Paulo estava dando instrução sobre quais viúvas deveriam ser socorridas, faz uma afirmação sobre o comportamento de algumas que ele não aprovava:
“Além do mais, aprendem também a viver ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem. Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não dêem ao adversário ocasião favorável de maledicência. Pois, com efeito, já algumas se desviaram, seguindo a Satanás”. - I Timóteo 5:13-15

Ele diz: Timóteo, tome cuidado com as que estão nesta posição, porque elas vão se tornar ociosas, andando de casa em casa, falando o que não convém... E a expressão que ele usa é “algumas já se desviaram, seguindo após Satanás”. A Bíblia está dizendo que quem instiga maledicência é Satanás e os seus demônios, ele é quem está por trás disto! Quando a Bíblia diz que elas se tornam intrigantes, está chamando elas de promotoras de intrigas. Trata-se de gente que está gerando contenda, confusão no meio do povo de Deus. E Paulo é muito taxativo e diz: “elas estão seguindo a Satanás”!

Você não pode dar outro nome a isso. E ainda tem gente que diz: “Ah, pastor, foi só uma falhazinha, afinal de contas eu também sou humano”. Pois é querido, os humanos são a preferência de Satanás, para disseminar a semente e o mal dele, ele escolhe pessoas como você e eu, porque ele sabe que muitas vezes nós somos susceptíveis à instigação dele...

“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno”. - Tiago 3:6

A Bíblia diz que nossa língua é posta em chamas pelo inferno, ou seja, pelos poderes das trevas! Quando falamos mal uns dos outros, estamos dando lugar ao Diabo. Não há meio termo nem outra explicação para isto. Esta é umas das razões pelas quais mais devemos correr deste pecado. Mas além disto, ainda há as conseqüências...


ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS

Em certa ocasião, o apóstolo Paulo comentou que algumas pessoas o estavam acusando de ter falado algumas coisas que ele não tinha de fato falado, e afirma:

“E por que não dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Pratiquemos males para que venham bens? A condenação destes é justa”. - Romanos 3:8

Ele estava dizendo: “Eu nunca falei isso, eles colocaram estas palavras na minha boca, e porque eles estão me difamando, dizendo que eu disse algo (mesmo não tendo dito), a condenação deles é justa”. O texto fala de condenação, e isto não pode ser visto como coisa boa!

E quantos de nós já não fizemos isso?

Muitas vezes ouço crentes dizendo: “fulano falou isto”! E pergunto: “você ouviu dele”? Normalmente a resposta é: “Não! Mas ouvi de uma fonte segura”... Então acrescento: “sim, que também ouviu de outra fonte segura, que ouviu de outra fonte segura, e sabe-se lá quantas fontes seguras tem no meio disto tudo”!

Provavelmente você já tenha brincado de telefone sem fio, e sabe que cada conto aumenta um ponto. Sabe, é assim que nós vamos promovendo o mal. E eu acredito que a maioria de nós, os crentes, não falamos mal só pelo gosto de falar mal. Não inventamos o que estamos falando de mal; normalmente são interpretações e equívocos, mas só o fato de estarmos espalhando, se não estamos falando o que devia, pode nos colocar sob condenação!

Além disto, a maledicência nos rouba bênçãos de Deus. O Salmo 140:11 diz que o maldizente não se estabelecerá na Terra. Essa era uma das maiores promessas de Deus desde o início: “você vai se estabelecer na terra que o Senhor Deus te dá, você vai prosperar, você vai ter isso e aquilo”, mas o texto diz que os maldizentes não terão esta bênção.

E o pior é que isto é como uma bola de neve, quanto mais rola, mais cresce!

“Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior. Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto”. - II Timóteo 2:16-17
A Bíblia diz que os que estão nisto passarão a uma impiedade ainda maior. Não há como interromper esse processo depois que você começa. A Bíblia diz que isso corrói, cresce como câncer, são células mortas, cancerígenas, crescendo no corpo e estragando aquilo que Deus projetou para funcionar de forma adequada.

A Escritura nos mostra que as conseqüências são sérias, que se trata de um pecado grave. Quando o apóstolo Paulo fala de alguns pecados que impedem as pessoas de herdar o reino de Deus, inclui os maldizentes na lista:

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. - I Coríntios 6:9-10

Jesus também afirmou que do coração do homem procede muitos dos pecados e incluiu a blasfêmia na lista:

“Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”. - Marcos 7:21-23

Blasfemar significa falar mal, infamar. Jesus colocou a blasfêmia junto com a prostituição, o homicídio e o furto. Mas em nossa mente tentamos desassociar tais pecados e nos convencer que não é assim tão sério. Não podemos negar. A Palavra de Deus nos mostra que a maledicência causa um estrago muito grande no meio da igreja de Cristo, é por isso que nós precisamos abandona-la, é por isso que nós precisamos deixa-la de lado, se queremos experimentar o que Deus prometeu e o que Ele disse que faria, nós temos que deixar de lado o que impede o nosso crescimento e impede o crescimento dos outros.

“O homem perverso espalha contendas, e o difamador separa os maiores amigos”. - Provérbios 16:28

Criamos tantos problemas com a nossa língua! Se a domássemos, a maior parte deles acabaria:

“Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda”. - Provérbios 26:20

Uma das conseqüências mais graves em nossa vida é que a maledicência abre espaço para que o diabo tenha autoridade de ferir nossas vidas. A maledicência é uma brecha, uma legalidade para Satanás nos ferir. Falando de Israel no deserto e que essas coisas nos servem de exemplo, Deus diz:

“Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor”. - I Coríntios 10:10

Tem muito crente sendo ferido pelo diabo. Não porque a proteção de Deus não seja eficaz, mas porque abre brechas com sua própria língua bifurcada. Se você não tem conseguido deter os ataques do diabo contra sua vida, sugiro reexaminar seu comportamento nesta área, pois a probabilidade de falharmos nela é grande!

PRIVADOS DA PRESENÇA DIVINA

Quando tratava comigo nesta área, o Senhor falou ao meu coração que a maledicência, além de fazer de nós um canal de Satanás, ainda nos rouba a presença de Deus.

“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho”. - Salmo 15:1-3

Este texto não só nos revela que para estar na presença do Senhor precisamos vencer este pecado, como também traz um pouco mais de luz sobre este tipo de erro. O texto fala de dois tipos de pecado da maledicência: ativo e passivo. O que difama com a língua é o ativo, e o passivo é o que ouve. Porque quando você ouve o maldizente (mesmo se você não fala nada) também está pecando por cumplicidade (Lv.19:16,17). Logo, quando emprestamos o ouvido a um maldizente estamos participando do mesmo pecado. E isto nos priva da presença de Deus.

Se você observar Efésios 4:29 que fala sobre não entristecer o Espírito Santo, vai perceber que o versículo anterior e o posterior retratam pecados cometidos com a língua. Logo, se queremos uma vida cheia do Espírito, é preciso corrigir isto. Portanto, evite a maledicência. Você faz isso de duas formas: evitando a maledicência e também evitando o maldizente

EVITANDO FALATÓRIOS E FALADORES

“E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, pois alguns, professando-o, se desviaram da fé”. - I Timóteo 6:20

Assim como o justo não se assenta na roda dos escarnecedores, precisamos também cuidar para que não nos enredemos por este pecado. Mas eu não só evito pecar com minha boca, como também evito pecar cedendo meus ouvidos à maledicência. As Sagradas Escrituras nos ensinam a evitar os maldizentes:

“Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais”. - I Coríntios 5:11

Desta forma, venceremos e continuaremos a crescer no Senhor.

Autor: Luciano P. Subirá